Antes de mais nada, uma explicação: no Brasil normalmente se usa o
termo flebotomia exclusivamente para identificar o procedimento da
incisão na veia, mas nos Estados Unidos ele é usado também para o que
chamamos que punção venosa, que é a simples coleta de sangue através de
uma agulha, que é o caso aqui.
A flebotomia é um procedimento cirúrgico que, apesar de mais
elaborado é relativamente simples, que um técnico bem treinado está
habilitado a realizar. Já uma punção é algo mais simples, e uma startup
sediada em Mountain View está construindo um robô que em tese seria
capaz de automatizar o processo.
Chamado de Veebot, o protótipo é uma versão especializada de um braço mecânico da Epson (conhecidos pela alta precisão)
equipado com câmera, sensor infravermelho e ultrassom, além da óbvia
agulha. Ao escanear o braço com a câmera, o sensor infravermelho detecta
a veia mais propícia para a extração e o ultrassom confirma o fluxo
sanguíneo. Uma vez definido aonde o braço vai picar o paciente, a
braçadeira se infla para restringir a circulação e a incisão é
realizada, coletando o sangue necessário.
A precisão do Veebot atualmente é de 83%, um número alto considerando
a pesquisa, mas muito baixo para qualquer um que precise colocar o seu
braço na reta. Resta saber se no futuro, mesmo que ele se torne tão ou
mais preciso do que um técnico se os pacientes se sentirão a vontade com
um robô lhe retirando sangue. Como ele obviamente precisa ser operado
por alguém, o mais provável é que os próprios flebotomistas sejam
treinados a usá-lo, dando uma opção de escolha aos coitados que precisem
encarar uma agulha.
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