O GRANDE player no mundo dos plugins de navegadores é o AdBlock Plus.
Diariamente 50 mil downloads são feitos no Chrome, e 100 mil no
Firefox. Mais e mais usuários navegam sem os incômodos banners, que de
qualquer jeito, como diz o Luli Radfaher, foram clicados pela última vez
em 1973.
O problema é que publicidade é a grande fonte de renda de todo mundo
na Internet. Sites são como TV aberta. Fornecemos conteúdo em troca de
segundos de sua atenção. Claro que você pode levantar e ir ao banheiro
durante o comercial, mas se todo mundo fizer isso, a Globo fecha OU
passará a incluir a publicidade no meio do conteúdo, coisa que ninguém
gosta.
No caso do Google o prejuízo causado por bloqueadores de publicidade
em 2012 foi estimado em US$ 887 milhões. O do Meio Bit foi uma fração
disso.
O Google chegou a remover do Google Play o AdBlock Plus para Android, mas ele continua na Chrome Store. A explicação? O software passou a tratar o Google como anunciante benigno, não-intrusivo, colocando-o inclusive em sua whitelist. Bondade no coração dos desenvolvedores?
Não, Business. Segundo reportado pelo TechCrunch, Google e outros grandes players pagam ao AdBlock Plus para manter seus anúncios na whitelist do serviço.
Recapitulando: o maior site de publicidade da Internet PAGA ao site
que bloqueia anúncios para não bloquear seus banners, enquanto a
concorrência… que se rale.
Algo está cheirando muito mal aqui. Me parece MUITO com a boa e velha
tática da máfia de vender proteção, mas com faturamento de US$ 50
bilhões dificilmente a merreca que o Google está jogando no AdBlock Plus
dói no bolso, e de bônus os concorrentes que não pagam são sumariamente
bloqueados.
MUITO provavelmente os órgãos competentes serão acionados, e a corda
como sempre arrebentará do lado mais fraco. Bem, o Google não ficará
triste se o ABP for atomizado no processo.
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